Olhai pra estas mãos que aqui vedes
Já foram pequeninas e mimosas
Leves e macias como lírios
Rosadas e frescas como rosas
Mãos que foram dóceis em criança
Hoje são áridas brutais
Não tendo a graça das ilustres
Valem certamente muito mais.
Mãos vidreiras
Que o gás do forno queimou
Mãos vidreiras
Que o trabalho calejou
Mãos vidreiras
Que só fazem obras d' arte
Mãos que sabem ser vidreiras
Honradas em toda a parte.
Olhai pra estas mãos trabalhadoras
Pelo rigor da vida transformadas
Mãos que nunca foram ociosas
Mas pelo trabalho calejadas
Mãos que se irmanam com o fogo
Trabalhando o vidro em fusão
Mãos que são a alma dum povo
Na sua dura vida e em duro pão.
(poema de Francisco Correia Moita, cantado por Mário Godinho)
Já dizia Miguel Torga
«É um fenómeno curioso: O país ergue-se indignado, moureja o dia inteiro indignado, come, bebe e diverte-se indignado, mas não passa disso.
Falta-lhe o romantismo cívico da agressão.
Somos, socialmente, uma colectividade pacífica de revoltados.»
...Até um dia... dizemos nós!
Falta-lhe o romantismo cívico da agressão.
Somos, socialmente, uma colectividade pacífica de revoltados.»
...Até um dia... dizemos nós!
O Poeta... e a sociedade capitalista
O poeta
Declina de toda a responsabilidade
na marcha do mundo capitalista
e com suas palavras, intuições, símbolos e outras armas
promete ajudar
a destruí-lo
como uma pedreira, uma floresta,
um verme.
C. Drummond de Andrade
Declina de toda a responsabilidade
na marcha do mundo capitalista
e com suas palavras, intuições, símbolos e outras armas
promete ajudar
a destruí-lo
como uma pedreira, uma floresta,
um verme.
C. Drummond de Andrade
JOVEM À RASCA
JOVEM À RASCA - BEM-VINDO À PROLETARIZAÇÃO
Prometeram-te:
Pertenceres a uma forte classe média
Um canudo de doutor privelegiado
Um alto salário e bastas regalias sociais
Carro topo de gama e casa com jardim e piscina
Férias em paraisos tropicais
Emprego a tempo certo em multinacionais com regras civilizadas no ambiente de trabalho
Em troca exigiam-te:
Olhar para o pessoal da ferrugem (o velho e atrasado proletariado) como algo absoleto e digno de compaixão
Afirmares que as velhas teorias do movimento operário era uma peça de museu
Que isso de vir para a rua contestar o sistema e as suas leis injustas era para falhados e marginais
Reconhecer que o capitalismo era o reino do bem-estar para todos com base na criação de riqueza e numa justa distribuição entre capitalistas e trabalhadores ( o velho sonho social-democrata)
Que a nova revolução tecnológica vinha libertar os produtores de longos horários e encurtar o tempo de reforma
Que a diminuição de horário e o encurtar da reforma vinha criar emprego para toda a gente
O que te deram:
Canudos à barda e doutores a torto e a direito
Desemprego
Trabalho precário
Recibos verdes sem o mínimo de direito
Estágios à borla para o estado e os privados se encherem à tua custa
Longos horários de trabalho e alongamento da reforma
im do estado social
Reformas de miséria
Diminuição dos subsídios sociais Leis de trabalho em que o patronato faz o que quer
Então o que tens (temos) que fazer? ( para além de os mandar foder)
Abrir a pestana e voltar à velha escola da luta "de classe contra classe" (até à vitória final- GAC)
Ocupar as avenidas com o grito da nossa revolta (os palácios são deles- a rua é nossa) Exigir um sistema politico novo já que o capitalismo só nos trás miséria
Olhar com esperança para o futuro porque o mundo do trabalho está de novo em marcha (Grécia, países árabes, Islândia, América Latina)
Aproveitar o que aprendeste na universidade e juntá-lo à sabedoria de vida do velho proletariado (experiência e teoria- NINGUÉM NOS PÁRA)
Então meu jovem amigo à rasca: BEM-VINDO À ANTIGA CASA DO PROLETARIADO (que sempre foi tua).
um poema de Manuel Monteiro
A pensar nos Mineiros
No poço de S. João trá.lá.la.la
Morreram muitos mineiros
vê lá vê lá companheiro
vê lá vê lá como venho eu trá.lá lá.lá lá
Trago a cabeça aberta trá lalalala
Que me abriu uma barrena
vê lá vê lá companheiro, vê lá vê lá como venho
Eu trago a camisa rota tra. lá lá.lá
E sangue de um camarada vê lá, vê lá companheiro,
vê lá vê lá como venho eu tra lálálálá
Santa bárbara bendita trá..lá..lá padroeira dos mineiros
Vê lá vê lá companheiro vê lá vê lá como venho eu
Padroeira dos mineiros vê lá vê lá companheiro
Vê lá vê lá como venho eu tra...la..laa.....
Musica original do Chile adaptada pelos mineiros de Aljustrel
Morreram muitos mineiros
vê lá vê lá companheiro
vê lá vê lá como venho eu trá.lá lá.lá lá
Trago a cabeça aberta trá lalalala
Que me abriu uma barrena
vê lá vê lá companheiro, vê lá vê lá como venho
Eu trago a camisa rota tra. lá lá.lá
E sangue de um camarada vê lá, vê lá companheiro,
vê lá vê lá como venho eu tra lálálálá
Santa bárbara bendita trá..lá..lá padroeira dos mineiros
Vê lá vê lá companheiro vê lá vê lá como venho eu
Padroeira dos mineiros vê lá vê lá companheiro
Vê lá vê lá como venho eu tra...la..laa.....
Musica original do Chile adaptada pelos mineiros de Aljustrel
Verão devastador - a culpa é também dos governos
O governo "socialista" tem deixado queimar por todo o lado.
Nem mesmo os Parques Naturais como é o caso do Parque Nacional Peneda Gerês é vigiado e limpo pelos sucessivos governos, deixando assim de existir grande área de
vegetação luxuriante e única, e bem assim espécies animais em extinção, tendo já
deixado extinguir a águia real do Gerês (até há pouco existiria apenas um macho) e
outras espécies autóctones ou idênticas a estas.
Vamos a ver o que sobra este ano após a devastação de Verão.
Mas os governantes apenas incriminam o povo de não limpar as matas.
Lutemos por movimentos que levem não só à conservação desses espaços e dessas espécies mas também à punição exemplar dos governos do Capital, e dos detentores de grandes interesses económicos resultantes dos incêndios, a quem pouco interessa a preservação do ambiente e das espécies.
Nem mesmo os Parques Naturais como é o caso do Parque Nacional Peneda Gerês é vigiado e limpo pelos sucessivos governos, deixando assim de existir grande área de
vegetação luxuriante e única, e bem assim espécies animais em extinção, tendo já
deixado extinguir a águia real do Gerês (até há pouco existiria apenas um macho) e
outras espécies autóctones ou idênticas a estas.
Vamos a ver o que sobra este ano após a devastação de Verão.
Mas os governantes apenas incriminam o povo de não limpar as matas.
Lutemos por movimentos que levem não só à conservação desses espaços e dessas espécies mas também à punição exemplar dos governos do Capital, e dos detentores de grandes interesses económicos resultantes dos incêndios, a quem pouco interessa a preservação do ambiente e das espécies.
Um poema de Torga
Sísifo
Recomeça...
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar
E vendo
Acordado,
O logro da aventura.
És homem não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças.
em "Diário" XIII
Recomeça...
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar
E vendo
Acordado,
O logro da aventura.
És homem não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças.
em "Diário" XIII
Um poema de Brecht
UM POEMA DE BRECHT
Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro.
Em seguida levaram alguns operários
Mas eu não me importei com isso
Eu também não era operário.
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei.
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.
Bertold Brecht
Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro.
Em seguida levaram alguns operários
Mas eu não me importei com isso
Eu também não era operário.
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei.
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.
Bertold Brecht
Toxicodependência, a quem interessa
TOXICODEPENDÊNCIA, A QUEM INTERESSA
1 - Motivações:
Várias são as motivações, dando-se como as mais importantes ara a entrada no sub-mundo da droga:
- a pressão dum grupo de amigos ou simplesmente de um amigo;
- a curiosidade de experimentação;
- a necessidade de afirmação;
- a ociosidade, o prazer, a moda;
- as frustrações a que a sociedade conduz o jovem, tanto nas escolas como no trabalho;
- a apresentação fácil que é dada pela sociedade para obrigar ao consumo e à dependência.
No grupo de amigos, do qual é difícil sair ou quase impossível permanecer à margem do consumo de drogas, dá-se o maior impulso.
Da experimentação ocasional passa-se à dependência… transformando-se o ser humano num doente e num farrapo humano a que a sociedade, depois de o viciar já não liga senão para ele comprar e comprar cada vez mais estupefacientes.
O único caminho é NUNCA EXPERIMENTAR.
É fácil de verificar que as chamadas “leves” conduzem às “pesadas”, num “mundo” sem retorno.
2 - Estado punitivo, mas pouco… e não preventivo:
Tudo contribui para, cada vez menos exista a censura social da toxicodependência, das drogas.
E a nível de punição cada vez se caminha mais para a descriminalização, para a legalização do consumo, etc.
Por outro lado, as substâncias consideradas ilícitas não abrangem muitas drogas actualmente em uso, como as chamadas eco-drogas, certos químicos destruidores do cérebro, etc.
O consumidor-traficante é hoje em dia considerado normal e a quem as autoridades não metem mão, deixando-os livres para disseminar as drogas pelos amigos e conhecidos. De quando em quando via um preso por uns meses ou paga multa… mas a via é para o alargamento da simples contra-ordenação.
Como grande parte dos toxicodependentes são também traficantes e praticam furtos para o seu governo, situação da qual já não têm saída, apenas se encarrega o Estado, esta sociedade, de punir esses furtos ou outros danos, pouco se importando com a prevenção, não tendo qualquer programa preventivo para evitar o início do consumo, a experimentação.
Vejam-se os programas dos governos e dos partidos em geral – onde estão as medidas de prevenção e de erradicação da droga?
É que isso interessa-lhes e muito. E aos grupos económicos que representam. É preciso dizer claramente a quem interessa a situação e o alargamento do consumo e da desgraça de milhares e milhares de jovens portugueses.
Mais tarde voltaremos a falar desta questão.
Vamos entretanto falar de algumas drogas, como a cannabis, que muitos querem fazer crer ser inofensiva:
3 - NÃO CONSUMAS CANNABIS
É a erva ilícita mais usada pelos jovens do país e da U.E., sob a forma de haxixe, marijuana ou outras, e tem como psico-activo a delta 9THC, com efeitos que apesar de dependerem de cada indivíduo em particular, não escapam a:
Aumento do ritmo cardíaco, euforia, tensão arterial sistólica, congestão dos vasos conjuntivos, dilatação dos brônquios, diminuição da pressão intra-ocular, fotofobia, percepção do tempo afectada, etc.
É considerada a “auto-estrada para perturbações psíquicas para a vida!” Leva a uma dependência psíquica muito forte, com surgimento de doenças mentais.
Apenas uma experiência na vida equivale a grande percentagem de hipótese de desenvolvimento de problemas psíquicos.
Os sintomas de dependência são:
- dificuldade de concentração e em especial escolares;
- alucinações;
- modificação da percepção e dificuldade de consciência de si mesmo;
- dupla personalidade,
- sentimentos de perseguição;
- ansiedade.
CONTINUA NUMA PRÓXIMA OPORTUNIDADE.
1 - Motivações:
Várias são as motivações, dando-se como as mais importantes ara a entrada no sub-mundo da droga:
- a pressão dum grupo de amigos ou simplesmente de um amigo;
- a curiosidade de experimentação;
- a necessidade de afirmação;
- a ociosidade, o prazer, a moda;
- as frustrações a que a sociedade conduz o jovem, tanto nas escolas como no trabalho;
- a apresentação fácil que é dada pela sociedade para obrigar ao consumo e à dependência.
No grupo de amigos, do qual é difícil sair ou quase impossível permanecer à margem do consumo de drogas, dá-se o maior impulso.
Da experimentação ocasional passa-se à dependência… transformando-se o ser humano num doente e num farrapo humano a que a sociedade, depois de o viciar já não liga senão para ele comprar e comprar cada vez mais estupefacientes.
O único caminho é NUNCA EXPERIMENTAR.
É fácil de verificar que as chamadas “leves” conduzem às “pesadas”, num “mundo” sem retorno.
2 - Estado punitivo, mas pouco… e não preventivo:
Tudo contribui para, cada vez menos exista a censura social da toxicodependência, das drogas.
E a nível de punição cada vez se caminha mais para a descriminalização, para a legalização do consumo, etc.
Por outro lado, as substâncias consideradas ilícitas não abrangem muitas drogas actualmente em uso, como as chamadas eco-drogas, certos químicos destruidores do cérebro, etc.
O consumidor-traficante é hoje em dia considerado normal e a quem as autoridades não metem mão, deixando-os livres para disseminar as drogas pelos amigos e conhecidos. De quando em quando via um preso por uns meses ou paga multa… mas a via é para o alargamento da simples contra-ordenação.
Como grande parte dos toxicodependentes são também traficantes e praticam furtos para o seu governo, situação da qual já não têm saída, apenas se encarrega o Estado, esta sociedade, de punir esses furtos ou outros danos, pouco se importando com a prevenção, não tendo qualquer programa preventivo para evitar o início do consumo, a experimentação.
Vejam-se os programas dos governos e dos partidos em geral – onde estão as medidas de prevenção e de erradicação da droga?
É que isso interessa-lhes e muito. E aos grupos económicos que representam. É preciso dizer claramente a quem interessa a situação e o alargamento do consumo e da desgraça de milhares e milhares de jovens portugueses.
Mais tarde voltaremos a falar desta questão.
Vamos entretanto falar de algumas drogas, como a cannabis, que muitos querem fazer crer ser inofensiva:
3 - NÃO CONSUMAS CANNABIS
É a erva ilícita mais usada pelos jovens do país e da U.E., sob a forma de haxixe, marijuana ou outras, e tem como psico-activo a delta 9THC, com efeitos que apesar de dependerem de cada indivíduo em particular, não escapam a:
Aumento do ritmo cardíaco, euforia, tensão arterial sistólica, congestão dos vasos conjuntivos, dilatação dos brônquios, diminuição da pressão intra-ocular, fotofobia, percepção do tempo afectada, etc.
É considerada a “auto-estrada para perturbações psíquicas para a vida!” Leva a uma dependência psíquica muito forte, com surgimento de doenças mentais.
Apenas uma experiência na vida equivale a grande percentagem de hipótese de desenvolvimento de problemas psíquicos.
Os sintomas de dependência são:
- dificuldade de concentração e em especial escolares;
- alucinações;
- modificação da percepção e dificuldade de consciência de si mesmo;
- dupla personalidade,
- sentimentos de perseguição;
- ansiedade.
CONTINUA NUMA PRÓXIMA OPORTUNIDADE.
ATENÇÃO Há um blog com o nosso nome
Há um blog criado muito depois deste com o nosso nome e o mesmo aspecto que nada tem a ver com este. Os senhores da blogspot permitiram tal... não se compreende como!
Cuidado com as imitações, ocasionais ou não.
Este é cultura-nova.blogspot.com
Cuidado com as imitações, ocasionais ou não.
Este é cultura-nova.blogspot.com
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